O Município de Albufeira assinalou o Dia Internacional da Mulher, na passada sexta-feira, 8 de março, com um jantar de homenagem a nove mulheres albufeirenses, com percursos profissionais e pessoais marcados pelo sucesso.
Vanessa Barragão, Eugénia Pontes, Lurdes Gonçalves, Manuela Vieira, Maria Nöel Batista, Manuela Alambre, Raquel Peters, Almerinda Martins e Filomena Coelho receberam pela mão do presidente da Câmara Municipal de Albufeira a distinção “Albufeira Mulher 2019”.
“Esta distinção dirige-se a todas as mulheres, não apenas às nove homenageadas de hoje ou às 745 funcionárias do Município de Albufeira, mas a todas as outras da sociedade albufeirense e não só”, referiu José Carlos Rolo.
O autarca recordou algumas mulheres que ficaram famosas em diferentes áreas: Cleópatra, Hipátia de Alexandria, Joana D’Arc, Mata Hari, Carmen Miranda, Eva Perón, Marie Curie, Madre Teresa de Calcutá ou Indira Gandhi. “Em Portugal também temos mulheres de grande valor: Rosa Mota, Eunice Muñoz, Sophia de Mello Breyner Andresen, Elvira Fortunato, Brites de Almeida, Florbela Espanca, Helena Vieira da Silva e Amália Rodrigues. Este conjunto de mulheres representa bem o importante papel da mulher ao longo da história e das várias sociedades”, salientou.
Além das nove homenageadas, o Município convidou outras duas mulheres com percursos de excelência a virem dar o seu exemplo e a contarem os seus casos de sucesso.
Rita Domingues, cientista e investigadora na Universidade do Algarve, tem triunfado no mundo das ciências, sem nunca ter sentido na pele qualquer tipo de descriminação. “Ao longo do meu percurso escolar, académico e profissional, sinto que nunca tive menos oportunidades nem passei por mais ou menos dificuldades por ser mulher. Em quase 40 anos de vida nunca me senti discriminada”. Rita assume que “vivemos numa época em que os direitos das mulheres, os princípios da igualdade, da liberdade e da autonomia, já são dados adquiridos, e ser mulher não é diferente de ser homem, não é ser melhor nem pior, não é ser especial nem inferior”. A investigadora confessou ter sido educada num meio liberal e ter tido “a sorte de estar sempre rodeada de mulheres fortes, trabalhadoras que nunca se colocaram numa posição de inferioridade, mas sim de igualdade em relação aos homens”.
Mafalda Ribeiro, autora, cronista e oradora motivacional, nasceu com osteogénese imperfeita, a doença dos ossos de vidro, que a obriga a deslocar-se numa cadeira de rodas. Mas Mafalda é uma mulher de armas, que se supera diariamente: “Felizmente aprendi a viver a minha vida muito fora da caixa e muito fora daquilo que instituem às pessoas que andam numa cadeira de rodas. Não me considero especial nem diferente no sentido de superior. Mas não sou muito normal. No meu Instragram pode ler-se: “Feliz sobre rodas e anormal com gosto””, confessa Mafalda com o seu à vontade para falar de diferença e de inclusão. “É muito mais fácil lidarmos com a formatação da sociedade se estivermos bem resolvidos connosco próprios. A mulher está cada vez mais com uma procura incessante de se conhecer a ela própria, a sua identidade, porque tem a responsabilidade de desempenhar vários papéis num só”, referiu.
Durante o jantar de homenagem, que teve lugar no hotel Alísios, junto à praia do Inatel, as nove homenageadas agradeceram publicamente a distinção, confessando sentirem-se “honradas e felizes” por receberem este tributo por parte do Município.
Para 2020, a distinção “Albufeira Mulher” irá contemplar outras tantas mulheres ligadas ao concelho, cujos percursos profissionais ou contributos pessoais sejam dignos de homenagem.
