Com apenas sete anos de idade, Manuel dos Santos Serra foi viver para Albufeira, razão pela qual sempre se sentiu algarvio. Estudou no Liceu de Faro e foi depois para Coimbra, cidade onde, em 1950, viria a concluir o curso de Medicina. Foi bastante ativo nas tertúlias em que participava, defendendo sempre os valores do humanismo, da liberdade e da democracia. Colaborou em diversas publicações da sua especialidade, com destaque para o Jornal do Médico, tendo igualmente marcado presença nas colunas de diversos jornais regionais, onde publicou crónicas de intervenção política e contos. Entre 1975 e 1997, foi diretor do Centro de Saúde de Albufeira, e durante três mandatos (1983-87, 1992-96, 1997-2001), presidente da Assembleia Municipal de Albufeira. Pertence à Ordem dos Médicos, à Associação dos Jornalistas e Escritores do Algarve, ao Círculo Teixeira Gomes e à Associação dos Amigos de Albufeira.
“Nos seus livros, entre o real e a utopia espraiam-se os versos, por vezes longos, por vezes curtos, sem espreitar cânones nem limites”. Fazem parte da sua obra os seguintes títulos: “Romance Residual”, 1991; “A Desordem da Harmonia”, 1992; “Mosaico de Palavras Oblíquas”, 1997, “Sobreposições”, 2001, “`À Sombra do Silêncio”, 2005; “Albufeira – 1950”, 2007; “O Olhar das Palavras”, 2007; “Os Labirintos de Memória”, 2009; “Pomar de Pedras”, 2011; “Miradouro do Tempo”, 2013, “Retalhes de Cidadania”, 2013; “Navio Ancorado ao Sol”, 2015 e “Arquipélago de Vozes”, 2015, a que se junta agora “As Margens do Rio de Horas”.