Reza a tradição, que na Quinta-Feira de Ascensão, Dia da Espiga, o dia se inicie com um passeio matinal pelo campo, onde se colhem espigas de vários cereais, flores campestres e raminhos de oliveira para formar um ramo, a que se chama de espiga.
Em Albufeira cumpriu-se o costume e celebrou-se a Festa da Espiga com um conjunto de atividades para miúdos e graúdos. Este ano, a festa contou com a colaboração do Clube Avô e do Centro Educativo do Cerro d´Ouro (Paderne) e incluiu diversas atividades intergeracionais.
Apesar da chuva, o dia teve início com uma caminhada no campo para apanhar os cinco elementos do ramo da espiga (papoila, malmequer, alecrim, espiga de trigo e ramo de oliveira), seguida de um almoço partilhado entre os utentes da Fundação António Silva Leal, do Centro de Dia do Rossio e do Clube Avô, e os alunos da EB1 de Vale Carro e de Olhos de Água. À mesa serviram-se pratos típicos do barrocal algarvio, com destaque para as favas à algarvia e as ervilhas com ovos, degustados ao som tradicional do acordeão do artista local Parentinho.
Embora o mau tempo tenha impedido a realização de grande parte das atividades, pelo pátio da escola encontravam-se espalhados vários ateliers entre eles, maquilhagem, cabeleireiro, pintura facial, dança, jogos, insufláveis, área de plantas e visitas guiadas à escola, que contaram com a colaboração da comunidade e da Junta de Freguesia de Paderne.
Para o presidente da Câmara Municipal de Albufeira, esta iniciativa permitiu “reativar as tradições de forma saudável através de um convívio intergeracional, onde os mais idosos, com os seus saberes, vão mostrando aos mais novos como eram as suas vivências e transmitindo-lhes valores”. Carlos Silva e Sousa salientou a importância deste tipo de eventos, que fazem de “Albufeira um município educador e inclusivo”.