A partir do próximo mês de junho, a Feira das Velharias de Albufeira volta a ser a rainha das manhãs de sábado no Mercado dos Caliços (segundo e terceiro sábados de cada mês) e no Mercado das Areias de São João (quarto sábado de cada mês).
Há curiosos e saudosos, gente de todas as idades, uns para comprar o que falta, outros para sonhar com um tempo que regressa em forma de objetos. Como cantava Carlos do Carmo, “Uma toalha velha, toda em linho /Que já serviu na noite de Dezembro […] agora cheira a Setembro”: ou a junho.
A Feira de Velharias de Albufeira bebe as suas origens nas feiras medievais francas, onde a par dos produtos da terra e de artesanato, sempre se vendia também algo que estivesse a ter procura ou quando a escassez de dinheiro em casa a tal obrigasse. Se por muito tempo andou nas cercanias das igrejas, desde o século 20 que ocupou o seu lugar próprio, nos espaços onde se realizam mercados e feiras temáticas.
A Feira de Velharias de Albufeira é realizada por mais de uma centena de vendedores e cada manhã é frequentada por uma média de 500 compradores.
Nem só de objetos em segunda mão vive a Feira de Velharias de Albufeira. Há Antiguidades procuradas por quem gosta e entende de História, bem como colecionadores, desde filatelistas e bibliófilos. E depois há os “prende-corações” da infância: as bonecas que não se articulavam, os carrinhos de lata, os jogos de madeiras que já os bisavós conheciam.
A Feira de Velharias de Albufeira é uma das boas sugestões de verão para umas manhãs de sábado cheias de cor, tradição, saudade e alegria ao mesmo tempo. São procuradas não só por portugueses, como também por turistas estrangeiros que descobrem verdadeiras riquezas nos mostruários pobres de passadeira no chão ou sobre as bancas de madeira, para onde confluem olhares e corações no movimento que convida a uma terna viagem no tempo.