A Biblioteca Municipal Lídia Jorge acolhe na próxima sexta-feira, 9 de julho, às 18h30, a apresentação do novo livro de Fernando Correia, “Diário de um corpo sem memória”. Novamente com a chancela da Guerra e Paz, consta de uma narrativa testemunhal na primeira pessoa, sobre a doença de Alzheimer de que Vera, mãe das suas filhas, é vítima. O autor mostra que mesmo tratando-se de uma doença inibidora, sem possibilidades de recuperação, o corpo, destituído de parte das suas memórias, “pode servir-se de uma alma próxima e amiga para falar por si, transmitindo angústias, dores, prantos, incertezas, mas também uma enorme fé para que seja possível atravessarem juntos o deserto que se estende à sua frente”, refere a editora, concluindo com as palavras do autor: “Nesse deserto, há-de surgir um oásis de luz que os irá conduzir à redenção procurada”.
Fernando Correia. Jornalista, comentador de rádio e televisão, professor, nasceu em 1935 e dividiu a sua infância entre a Mouraria, o Alto de Santo Amaro e São Domingos de Benfica. Entrou para a Emissora Nacional em 1958. Trabalhou depois na RDP, Rádio Clube Português, Rádio Comercial e TSF. Foi diretor do Diário Desportivo, redator e colaborador dos jornais Record, A Capital, O Diário, Gazeta dos Desportos, Jornal de Notícias e Diário Popular. Colaborou na Rádio Amália e é comentador residente da TVI. Sportinguista assumido, colaborou também com a Sporting TV, depois de ter sido diretor-adjunto e diretor do jornal do clube.
Autor de mais de dezena e meia de livros, Fernando Correia já apresentou em Albufeira, entre outras, as obras “Piso 3 – Quarto 313” (2015) e “O Homem que não tinha idade” (2016) e “E se eu fosse Deus?” (2017). Fernando Correia, com residência em Paderne foi, recorde-se, o padrinho da aldeia rural de Paderne no âmbito do concurso “7 Maravilhas - Aldeias de Portugal”.
A apresentação será feita pelo amigo do autor e também jornalista, Arménio Aleluia Martins, que tem feito diversas apresentações das obras literárias de Fernando Correia, dedicando diversas críticas à sua obra no jornal centenário, a Avezinha.