Durante cinco dias, de 22 a 26 de julho, a Praça dos Pescadores transforma-se numa paisagem que faz lembrar a cultura árabe na região.
Várias dezenas de tendas perfilam-se ao longo do espaço, exibindo bonitas peças de artesanato em materiais que vão da marroquinaria, à cortiça, objetos em ourivesaria, cobre e latão, cestaria, têxteis, artes decorativas, velas e sabonetes naturais, aromoterapia, bordados, artigos em tricot e crochet. Alguns dos artesãos fazem questão de partilhar os segredos da sua arte, brindando os visitantes com a produção de trabalhos ao vivo. No ar mistura-se uma amálgama de diferentes cheiros e sabores provenientes das banquinhas de doces e licores regionais, mel, frutos secos, crepes doces e salgados, molhos e óleos com piripiri e doçaria picante, fruta fresca coberta de chocolate a que se junta a confeitaria de design, num convite irresistível à degustação destas delícias da gastronomia algarvia.
Mas Festival que se preze não dispensa um bom programa de animação e o Al-Buhera promete não desapontar. No dia em que abre portas, 22 de julho, o destaque vai para a atuação dos “Mare Nostrum”, uma banda de Tavira com três trabalhos editados e ótimas críticas a nível internacional. Privilegiam a música tradicional portuguesa, especialmente a do Algarve.
A 23, o palco fica por conta dos “Primes do Zé”, o grupo de Albufeira que vai apresentar um espetáculo de Pop Rock cantado em português e muita energia à mistura. Segue-se a banda “Ben & The Pirates” (feat. João Frade); uma verdadeira viagem multicultural dançável e plena de vibrações positivas.
A sexta-feira, 24, fica reservada a “Filipa Sousa & Gato Malvado Ensemble” (feat. Casa do Alentejo em Albufeira), artista albufeirense que venceu o Festival RTP da canção em 2012, que vai subir ao palco acompanhada pelo irreverente Ensemble ”Gato Malvado”, tendo como convidados o grupo Coral da Casa do Alentejo em Albufeira. Vai ser um espetáculo diferente, uma fusão de sonoridades, onde se juntam dois exemplares nacionais de Património Imaterial da Humanidade: o Fado e o Cante Alentejano.
Os Íris, a banda de Domingos Caetano, chega no sábado, 25, para por todos a cantar rock com sotaque algarvio. Com mais de 30 anos de carreira, os Íris são a banda mais carismática do Algarve e prometem deixar os visitantes ao rubro ao som de “Oh mãe, Aquêle Moçe Batê-me” e “Atira-tó Mar”, aproveitando para apresentar o seu mais recente trabalho “Ao Acaso”.
O programa encerra no domingo, 26, com a atuação da banda da terra “A Banda Alhada”, uma proposta na área da World Music, um espetáculo com uma linguagem poética e musical totalmente portuguesa porém totalmente contemporânea.
Os espetáculos realizam-se pelas 22h00, no palco instalado no recinto do Festival, enquanto a Mostra de Artesanato pode ser visitada diariamente entre as 19h00 e as 24h00.