Olhares de hoje percorrem os elementos do território, imagens que fluem ao sabor do espaço e das formas de uma existência singular. As fotografias ganham vida através da peça sonora “Percurso – 1 386 Km2”, composta propositadamente para a exposição pelo maestro Armando Mota.
Rui Gregório, natural de Albufeira e residente em Paderne há vários anos, fez-se ao caminho e durante cerca de um ano revisitou paisagens, percorreu trilhos, onde descobriu novos lugares, fósseis que antes não passavam de pedras e que agora adquiriram um novo significado. Nas suas constantes incursões pela terra que é a sua, apurou todos os sentidos para através de um olhar atento captar a biodiversidade da paisagem e os impactos da intervenção humana sobre aquele território ao longo de milhares de anos. O resultado é um conjunto de imagens deslumbrantes que contam a história dos vários lugares que a sua lente aprisionou, lançando um novo olhar sobre o território, nomeadamente sobre as zonas de Paderne e Ferreiras, que integram o aspirante Geoparque Algarvensis.
Natural de Albufeira e residente em Paderne, Rui Gregório dividiu a sua formação entre as cidades do Porto, onde, em 2004, terminou a licenciatura em Arte e Comunicação na Escola Superior Artística do Porto, e Tomar, onde, em 2011, frequentou o Mestrado em Fotografia Aplicada na Escola Superior de Tecnologia de Tomar.
Em 2015, frequentou o curso de Técnico de Design Gráfico na Escola de Tecnologias Inovação e Criação do Algarve. A nível Artístico desde 2001 que participa em exposições coletivas e individuais a nível nacional e internacional.
A exposição é acompanhada pela peça sonora «Percurso 1 381Km2», com a qual o maestro Armando Mota pretende “criar várias atmosferas para que os visitantes possam encontrar e sentir as tonalidades, as emoções, os sons do aspirante a Geoparque ao longo do seu percurso”. A obra, que foi encomendada propositadamente pelo Município para a abertura do primeiro evento do Geopalcos em Albufeira, visa “de forma indireta criar uma relação com o Algarve, nomeadamente com o território do aspirante Geoparque Algarvensis, que localizado no sul de Portugal, no centro da região do Algarve, inclui parte dos concelhos de Loulé, Silves e Albufeira, numa área total de 1 381 Km2”, sublinha.
Refira-se que este foi um projeto pensado em conjunto por dois artistas que interpretaram e se deixaram deslumbrar por um território, numa visita que se faz de fotos que ganham novas dimensões através da magia da música. Para o efeito, o maestro compôs a peça sonora intitulada “Percurso – 1 381Km2”. Armando Mota é maestro, pianista, compositor, professor e programador, residente em Albufeira há mais de 30 anos.
A exposição está patente ao público no Museu Municipal de Arqueologia, na zona antiga de Albufeira, de 15 de fevereiro até ao próximo dia 14 de maio. Pode ser visitada diariamente, das 9h30 às 17h30. Encerra aos domingos e segundas-feiras.