“O Título – uma transmodernização das coisas” é uma compilação de textos “à procura da sua leitura possível”, conforme refere o autor a propósito deste trabalho. Assente na linha da possibilidade de ser literatura, de ser passível de lida, de vir a tornar-se num livro, “O Título” espelha “uma leitura variada do mundo, uma leitura incompatível consigo própria. Um exemplo possível do realmente possível“, conforme se lê no texto de apresentação.
O autor, de ascendência britânica, nasceu em 1991 e viveu em Albufeira até aos 18 anos, altura em que “experimentou passagens pelo ensino superior e pelo emprego profissional sem sucesso”, incluindo estadias em Aberdeen, na Escócia, e posteriormente em Lisboa. Foi em 2012, quando decidiu ingressar no curso de Filosofia da University of Essex na Inglaterra, onde fundou a Essex Writers’ Circle, que terminou a sua licenciatura.
Thomas Bogg começou a escrever aos 17 anos e agora de regresso a Portugal devota-se a diversas actividades literárias, esperando “estimular o futuro da literatura Portuguesa”.
Do texto que prefacia “O Título”, lemos que “ esta escrita – esta concretamente feita, não essas abstraidamente referidas – é apenas uma leitura variada do mundo, uma leitura incompatível consigo própria. A perspetiva que se deseja transmoderna, para concentrar, ainda se por extratos e ambiguidades que saltitam paragraficamente, a possibilidade de O Texto, tornando-o possivelmente alucinável, na concentração completamente impensável aqui. A possibilidade de um livro que faz precisamente este trabalho, em si. A transmodernização é uma perspetiva completamente inventada: a esperança de uma ficção que consiga cativar o sujeito intencional no seu ato recreativo do mundo. Na intensidade e intensificação do seu processo significativo. Isto que é agora uma sinopse ainda por ser escrita, possivelmente.”
A apresentação está marcada para as 16h00 de Sábado, 2 de Abril, na Biblioteca Municipal Lídia Jorge.