José Carlos Rolo, presidente da Câmara Municipal de Albufeira, recebeu nos Paços do Concelho, na passada terça-feira, dia 13 de dezembro, a Diretora Regional da Cultura do Algarve, Adriana Nogueira e a representante da empresa responsável pela obra referente à empreitada de conservação e restauro dos módulos de taipa Almóada do Castelo de Paderne, para a assinatura do respetivo auto de consignação. Trata-se da segunda fase das obras de restauro e deverão começar no início do próximo ano, em janeiro de 2023, e têm a duração de oito meses, garantindo a recuperação, tanto por dentro como por fora, de parte da muralha virada a nordeste em frente à torre albarrã e da porta de entrada em cotovelo.
A obra, cujo valor global é de 591 190,00 euros, chega agora à segunda fase, depois de terminado o projeto de conservação da torre albarrã (primeira fase). A Câmara Municipal comparticipa em 40 por cento do valor da empreitada, ou seja, em cerca de 210 mil euros.
O castelo de Paderne é um imóvel de interesse público pelas suas características, soluções arquitetónicas e singularidades de uma fortificação construída num período muito conturbado da História. Refira-se que este monumento tem revelado importantes descobertas que contribuem para o conhecimento do período islâmico, como por exemplo, o facto de todo ele ter sido resultado de um projeto urbanístico previamente desenhado e definido, estruturado a partir de uma rua principal, a partir da qual partiam outras ruas secundárias paralelas entre si, com um complexo sistemas de escoamento das águas pluviais e residuais, estando as antigas casas muçulmanas organizadas em quarteirões, com caraterísticas arquitetónicas da casa mediterrânea.
O presidente da Câmara Municipal de Albufeira frisa que “este é um investimento feito no sentido da conservação do património material concelhio, imprescindível, tendo em conta a relevância histórica e cultural do Castelo para a autarquia”. José Carlos Rolo sublinha, igualmente, a nomeação de Paderne como Aldeia de Portugal.